quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vantagens da Prática Musical Para o Cérebro

Em relação às alterações no cérebro, vários neurocientistas e neurologistas já se debruçaram sobre este tema. Descobriram que a prática musical altera as complexas redes de neurónios do nosso cérebro. Uma das mais significativas transformações é a nível do cerebelo. Este, que controla milhares de fibras musculares no corpo, encontra-se maior nos músicos profissionais. Outra área que se apresenta maior nos músicos é o corpo caloso, uma tira de tecido que liga os dois hemisférios. Este É um órgão crítico para um pianista, pois precisa de sincronizar na perfeição os movimentos dos lados direito e esquerdo do corpo. Cada lado é gerido por metade do cérebro, como já referi anteriormente, e por isso, ambos os lados têm de trabalhar harmoniosamente. Um corpo caloso maior contém mais fibras nervosas, o que permite que mais sinais possam passar de um lado para o outro, o que por sua vez acelera a comunicação.
Após pouco tempo depois das crianças começarem a tocar já é notório que os seus cérebros começam a mudar, as áreas responsáveis pela audição e pela análise de música estão mais activas que nas crianças que não praticam actividade musical.
Através de vários estudos comprovou-se que, regra geral, as crianças estimuladas começam a aprender mais depressa, aprendem a falar mais fluentemente, têm melhores notas e um maior nível de sucesso. A estimulação precoce tem assim um efeito duradouro nas suas vidas, isto aplica-se especialmente à música. Através de Imagiologia por Ressonância Magnética (IRM) verificou-se que algumas regiões no cérebro dos músicos são maiores do que nos não-músicos: o corpo caloso, o planum temporale, o córtex motor primário, algumas regiões do cerebelo, a circunvolução de Heschl, córtex auditivo primário, a circunvolução frontal inferior, a parte lateral inferior do lobo temporal. Foi também possível verificar a correlação positiva entre a competência musical e o aumento do volume da massa cinzenta no cerebelo, das regiões auditivas primárias, das regiões motoras e de sensibilidade somática, assim como das regiões pré-motoras, temporal superior, parietal superior e na circunvolução frontal inferior. A correlação entre os resultados neurofisiológicos e os morfológicos foi significativa. Estas descobertas evidenciam a ligação existente entre as micro-estruturas do cérebro, a amplitude das respostas magnéticas/eléctricas, e demonstram que o treino musical potencia o funcionamento de diferentes regiões cerebrais.
Resultados de estudos utilizando a IRMf, TEP, MEG e os Potenciais Evocados (ERPs) demonstraram que ouvir música activa diferentes áreas cerebrais, incluindo as regiões límbica e para-límbica, as regiões auditivas primárias e secundárias, o córtex auditivo, a circunvolução supra marginal e o córtex frontal.

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